Após a aprovação de Alexandre de Moraes como novo
ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente Michel Temer escolheu
o deputado federal Osmar Serraglio (PMDB-PR) como novo ministro da Justiça e
Segurança Pública. O nome dele ganhou força após a negativa do advogado
Carlos Velloso, que recusou o convite na última sexta-feira alegando motivos
particulares.
Com a escolha, a bancada
do PMDB consegue seu objetivo e assume mais um ministério de peso na Esplanada.
O ponto alto da carreira do parlamentar foi em 2005, quando ele, um jovem
deputado em segundo mandato foi escolhido para ser o relator da Comissão
Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Correios, que desencadeou o escândalo do Mensalão.
Quando foi escolhido, a
expectativa é que ele, como um parlamentar inexperiente e integrante da base
aliada do governo Lula (PT) fosse o nome perfeito para que a CPI terminasse sem
prejuízos maiores ao governo. O relatório produzido por ele baseou a denúncia
da Procuradoria-Geral da República (PGR) ao STF em 2006, que resultou na
condenação de figuras importantes do PT, como o ex-ministro José Dirceu.
Durante o julgamento do
Mensalão, em 2012, Serraglio deu entrevista a VEJA em que manifestava seu
descontentamento com quem dizia que o escândalo não existiu. “Não admito que se
diga isso. Em matéria de provas, nossa CPI foi muito consistente. Relatamos as
evidências que colhemos – não inventamos nada”, afirmou à época.
Com informações da VEJA