Depois de muitos dribles no destino, o casal
"Brumar" está de volta. Bruna Marquezine e Neymar podem comemorar:
agora são tetra. Aos 45 minutos do segundo tempo de 2017, os pombinhos reataram
pela quarta vez, concedendo-se uma prorrogação que ninguém sabe quanto tempo
irá durar.
Das arquibancadas, os torcedores shipam essa love
story com o fôlego suspenso, como se assistissem a um mata-mata de Libertadores
ou a uma disputa de pênaltis em final de Copa do Mundo. Véspera de ano novo,
quando todas as esperanças se renovam e as temporadas futebolísticas estão
suspensas, a dupla foi se concentrar em Fernando de Noronha (PE), espécie de
Granja Comary dos casais apaixonados.
De lá, o jogador e a atriz promoveram um tiki-taka
amoroso, com troca rápida de mensagens curtinhas, mas altamente glicosadas.
Pelo Instagram, por exemplo, antes de voltar a segui-la, Neymar derreteu-se:
"Quando vi, já estava nos teus braços. Love you.” E, ao modo de Caetano,
deixou escapar: “Pretinha".
Bruna não fez por menos: curtiu uma foto do atleta
ao lado do filho, Davi Lucca, e, quando o craque menos esperava, deu um
carrinho por trás do cangote, arrasando com as defesas do enamorado. Artífice
da dramaturgia e ciosa das manhas do galanteio feminino, Marquezine atacou de
Caio Fernando Abreu, de quem selecionou um trecho buliçoso: "Eu quero nós.
Mais nós. Grudados".
O idílio no Nordeste, porém, logo chegaria ao fim,
e Neymar precisou se despedir das férias e da amada. Outro lance novelesco, a
cena final do beijo que antecedeu o embarque no aeroporto fez lembrar o
desfecho de um clássico, mas do cinema. Em Casablanca, prestes a se separar do
grande amor de sua vida, Humphrey Bogart se vira para Ingrid Bergman e
desabafa: "Nós sempre teremos Paris".
Nessa hora, os brasileiros suspiram. Afinal, num
país que convive todos os dias com a certeza dos carinhos postiços de Michel e
Marcela Temer, o único consolo que resta é lembrar: nós sempre teremos as
cálidas reviravoltas de Bruna e Neymar.
HENRIQUE ARAÚJO