Reeleito
com mais de 79% dos votos válidos, Camilo Santana (PT) tomou posse nesta terça
(1º) para seu segundo mandato como governador do Ceará. Ele se reelegeu
prometendo melhorias em áreas que se mostraram críticas nos primeiros quatro
anos, como segurança pública e saúde. Assumiu como vice Izolda Cela (PDT),
repetindo a dobradinha do primeiro mandato.
"Ninguém
governa sozinho, qualquer governo tem que ter paciência e humildade. Sou
defensor da democracia e prego o diálogo sempre", disse Camilo em seu
pronunciamento após a posse.

A primeira atitude será cortar gastos. Santana enxugou secretarias, de 27 para 21, extinguindo algumas pastas, como a de Política sobre Drogas e de Agricultura, Pesca e Aquicultura. Outras foram unidas, como Esporte e Juventude, ou renomeadas, mostrando mudança de foco, como a de Justiça e Cidadania, que se transformou em Secretaria de Administração Penitenciária - problemas em presídios marcaram a primeira gestão de Santana.
O
governador ainda prometeu cortar mais de mil cargos comissionados, o que pode gerar
economia, segundo o governo, de cerca de R$ 27 milhões por ano. Parte dessa
verba seria destinada à segurança pública e à saúde. A ideia é construir mais
14 presídios e acabar com as cadeias municipais. Na saúde, a promessa é a
construção de um hospital infantil e mais policlínicas.
Ponto
crítico nos quatro anos, a segurança pública seguirá sob o comando de André
Costa. Em 2018 ocorreu a maior chacina da história do Ceará, com 14 mortos
durante uma festa na periferia de Fortaleza. Em dezembro, seis reféns morreram
durante ação policial contra assalto a dois bancos na cidade de Milagres, no
interior do estado.
Acompanharam
a cerimônia de posse o ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT), candidato
derrotado à Presidência em 2018, e seu irmão, Cid Gomes (PDT), senador eleito.
Os dois apoiaram a reeleição de Camilo, que durante a campanha teve um pé no
palanque de Ciro e outro no do petista Fernando Haddad.