O anúncio do Governo Federal de que
o Programa Cisternas vai receber reforço de R$ 108 milhões para a construção de
reservatórios de água em escolas rurais e propriedades de agricultores
familiares do Semiárido do Nordeste deixa uma perspectiva animadora entre
moradores do sertão e agentes sociais historicamente envolvidos na mobilização
e construção das unidades.
Somente no Ceará, serão construídas
829 unidades em escolas rurais. O investimento total será de R$ 11,9 milhões. O
reforço orçamentário deve ser favorável para ampliar o número de cisternas de
um programa de tecnologia de convivência com a seca bem avaliado e de
efetividade na segurança hídrica das famílias sertanejas. O orçamento do
Governo Federal para este ano, aprovado em 2018, previa inicialmente a
liberação de R$ 75 milhões para o programa de cisternas.
O custo médio de uma cisterna de
placa de primeira água é de R$ 3.280,00, no Ceará. Quem dispõe de uma unidade
mostra a alegria de dispor de água limpa ao longo do ano. "Nem se compara
com a água do caminhão-pipa", disse a dona de casa, Marlene Lima, da
localidade José de Alencar, zona rural de Iguatu. Segundo ela, são as cisternas
que vão garantir o abastecimento de água da comunidade após o fim das chuvas.
"A gente está acumulando água para depois usufruir aos poucos".
DN
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